martes, 31 de marzo de 2009

A ILHA DA PRIMAVERA



A VIDA E A MORTE

Com a chegada da primavera, nessa parte do mundo onde vivo que coincide com as festas de Páscoa, vemos como a vida vai-se desabrochando por todos os lados, desde os animais, flores e insetos até nós mesmos, que sentimos a vontade de sair, tomar o sol e respirar o ar puro.

Nesse meu passeio, cheguei ao outro lado, isso é, na morada dos mortos, no cemitério da minha cidade e eis que apanhei uma foto dum grupo escultórico dum dos mais conhecidos escultores catalao: Josep Llimona i Bruguera (1864-1934).

Esse escultor, modernista, tem muitas obras, especialmente em Barcelona. Uma das quais, "Desconsol" (situada no meio dum estanque do "Parc de la Ciutadella") já me tinha feito até chorar.

Nessa composiçao, onde estao Joao, Maria, Jesus morto e Maria Madalena, se desprende um grande sentimento de pena e de dor, mas também de resignaçao.

A escultura, no cemitério e o cantar dos pássaros junto com o vôo dos insetos me fez reflexionar em quanto grande é o mitério da vida e da morte, tao contraditórios, mas tao próximos à sua vez.

lunes, 9 de marzo de 2009

A ILHA DA GENTE- 2


JOSEP MASCARÓ PASSARIUS
(Alaior, Menorca 1923- Palma 1996)
Existem pessoas que viveram no passado, porém falaram do futuro. Outras viveram no presente e falaram do passado.
Uma dessas pessoas foi Josep Mascaró Passarius. Essa pessoa tao especial, fez um trabalho muito importante, e nao sempre reconhecido, tanto para os estudiosos da língua como os da pré-história.
Para os estudiosos dos topônimos, ele recolheu no seu famoso "Mapa General de Mallorca", os nomes dos lugares, fazendas, vilas, cidades, montanhas, torrentes, vales etc. marcando também os lugares onde ainda existiam ruinas de monumentos pré-históricos.
Esse mapa, feito a mao. foi um esfôrço titânico, levou dez anos (1952-62) num momento onde o exército espanhol proibía fazer a topografia do terreno, entao ele teve que fazer o releve, marcando as montanhas pela sua altura, sem as curvas de nivel.
Ele ia fazendo todos os caminhos com as casas, igrejas, cemitérios, marcando o nome de cada coisa, também na costa, os lugares de pesca, as calas e praias etc.
A partir do mapa ele fez os livros "Corpus de Toponimia de Mallorca" onde se recopila todos os nomes e na palavra "talaiot" ele dedicou dos volumes, descrevendo o estado da questao, a descriçao de muitos monumentos e outros elementos da pré-hist. e um estudo sobre os arqueólogos que investigaram essa época.
Foi o trabalho dum homem extraordinário que como dizia o flilólogo e sacerdote Antoni Mª Alcover: "Neix un cada cent anys i quasi mai sura". Isso é: Nasce um cada cem anos e quase nunca sobrevive.
Nascido em Menorca, Josep Mascaró Passarius foi uma pessoa que se interessou por muitos temas, pelas viagens, pela arte, pela vida, Seria o que dizemos um humanista.
O seu trabalho foi fundamental para salvar um patrimônio, como é a toponimia, que se ia degradando, tanto pelo turismo, como pela influência da língua castelhana, e também pela incultura e ignorância dos mesmos mallorquines.
Ele também fez o primeiro catálogo para a proteçao dos monumentos pré-históricos de Mallorca e Menorca de toda a Espanha (1967), os mapas de Menorca, Eivissa e Formentera assim como coordinou a "História de Mallorca" e a "Gran Enciclopédia de Mallorca", colaborou com Joan Corominas no "Onomasticon Cataloniae" etc.
Sabemos que ninguém é imprescindível, mas Mascaró Passarius era necessário, tomara houvesse meia dúzia como ele!