lunes, 25 de agosto de 2008

A ILHA DA COZINHA-2.


"TREMPÓ"
Como faz tanto calor, é boa uma receita de comida bem fresquinha e fácil de fazer.
Essa comida era da gente do campo que a levava ou a fazia alí mesmo, quando trabalhava na terra. É uma comida que aproveita os frutos do horto e tem algumas variantes.
O seu nome na ilha é "trempó".
Você precisa: Cebolas, tomates, pimentoes verdes, atum de lata, azeite de oliva, azeitonas recheias ou sem caroço e um pouco de sal.
Corte-se bem pequeno todos os ingridientes, uma vez bem limpos, se misturam dentro de um prato fundo com azeite e sal e já se pode servir.
Acompanha-se com pao e vinho branco ou rosado bem fresquinho ou qualquer refresco.
Existe uma variante que em vez de atum, usa bacalhau desfeito em pedacinhos e sem sal, e se diz "estopeta".
Essa comida é muito prática para levar prá praia, montanha ou qualquer lugar, pois se come fria e é fácil de transportar.
É um dos prazeres da vida: Comer o "trempó" na sombra dum pinheiro olhando o mar e sentindo a brisa que lhe pega no corpo, um arrepio que lhe diz que a vida pode ser maravilhosa.

martes, 19 de agosto de 2008

A ILHA DE ORO




Como dizemos aquí: "No poden tapar-nos el cul amb set flassades,d'estufat que el tenim".
Nao sei muito bem como traduzir essa expressao, mas sim dizer o orgulhosos e satisfeitos que estamos a gente da Ilha com as medalhas de oro e prata que tem conseguido os nossos esportistas na Olimpíada da China.
Rafel Nadal (oro em tenis), Joan Llaneres (oro e prata em ciclismo) e Toni Tauler (prata em ciclismo).
Para eles e todos os demais, uma grande felicitaçao, porque a sua glória vem do esforço seu e de muita outra gente (entreinadores, mestres, família etc.).
A pequena ilha algumas vezes é muito grande!

domingo, 17 de agosto de 2008

ILHA DA TRADIÇAO


Vocês devem estar perguntando onde está a magia dessa Ilha onde vivo. Nao é nenhum parque de cartao pedra, nem tampouco Disneylandia. É somente uma ilha, com seus costumes, sua tradiçao e sua magia.
Uma magia que vem do seu clima, do seu entorno e, sobretudo da natureza: a terra, as montanhas, as árvores, o mar e a agricultura.
Quando os homens e mulheres nao conheciam a ciência da meteorologia, suas respostas estavam nas estrelas, na lua, no sol e os seus equinócios e solstícios e é do Solstício de verao que eu quero falar.
Agora nós estamos em verao, uma estaçao que começou precisamente no solstício, isso é no dia 24 de junho.
Essa data no calendário religioso é o dia de Sao Joao Baptista, que predicava a presença de Jesus.
Como alguns dizem, Jesus veio a substituir um deus solar, de aí o seu nascimento no solstício de inverno (25 de dezembro) e a sua ressurreiçao, coincidindo com a primeira lua nova da primavera.
Pois aquí na Ilha existe uma crença que na noite da véspera de Sao Joao (uma noite mágica por excelencia), os meninos que tinham problemas de hérnia, eram levados pelos pais a uma árvore de vime, onde se cortava um galho pela metade es as crianças eram passadas nuas entre as dois partes da rama. Isso se faz na alba do dia 24 em um horto concreto da ilha e é uma crença antiga da qual se desconhece a origem.
Nao sei dizer se é efetiva ou nao, o feito é que ainda hoje se faz e há uma fila de gente esperando e também a televisao e os jornais falam do tema.
Como vocês podem ver, a magia está no coraçao das pessoas e quem sabe nas árvores, pois esse pé de vime é cuidado como um tesouro.

martes, 12 de agosto de 2008

A ILHA LITERÁRIA



"Mon cor estima un arbre: més vell que l'olivera,


més poderós que el roure, més verd que el taronger,


conserva de ses fulles l'eterna primavera


i lluita amb les ventades que atupen la ribera,


que cruixen lo terrer."

M. Costa i Llobera



A língua da Ilha onde vivo, é uma língua minoritária ainda que a falam uns oito milhões de pessoas.
É uma língua filha do latim, irmã pois do português, castelhano, francês, italiano e galego. Que chegou às ilhas com a conquista aos mouros de Jaume Iº da corôa de Aragó e Catalunha.
Essa língua se desenvolveu bem até 1714 em que um decreto do Rei Felipe V, obrigou a que as zonas onde se falava fosse proibida e que os habitantes tinham que castelhanizar até os seus nomes.
Baixo a força e o domínio da língua castelhana, a catalana sofreu uma decadência oficial e literária apesar de ter escritores medievais como Ramon Llull (1232/3-1316) de fama universal.
Nao é até a "Renascença" ou o renascimento do S.XIX, movimento literário, fruto da estética romântica de recuperação do passado e das raízes do povo, em que a língua e sua literatura nao toma uma nova vida.
Escritores como Marià Aguiló, Antoni Mª Alcover ( recopilou todos os contos orais populares, fez o 1º Congresso Internacional da Língua Catalana, criou a primeira revista de filologia e o Diccionario Català, Valencià i Balear etc.), Costa i Llobera, Mª Antònia Salvà etc. fizeram que a língua Catalana tomasse prestígio literário e social, porém seguia sem ser oficial nem nos organismos públicos nem na escola.
Mais tarde com a guerra Civil espanhola e a ditadura de 40 anos, de novo a perseguição e a proibição se abateu sobre a nossa língua.
O que vem depois já é outra história.

viernes, 8 de agosto de 2008

A Ilha Antiga





No ano 1909, Dorothy Bates (paleontóloga inglesa), fez um dos descobrimentos mais importantes para a ciencia da ilha onde vivo.

Ela descobriu o fóssil dum pequeno animal dum género e espécie desconhecido, que bautizou como "MYOTRAGUS BALEARICUS", hoje em dia se conhecem seis espécies do género Myotragus, uma delas recebe o nome de Myotragus Bate, em homenagem a ela.

Esse animal, parecido a uma cabra, como diz o seu nome "rata-cabra", peludo e com os olhos diante da cara, é o mais representativo da fauna endémica das ilhas. Parece que chegou às ilhas faz uns 5´5 milhoes de anos.

Sua evoluçao, sem depredadores, foi especial já que tinha umas dentes com incisivos inferiores de crescimento continuo, pequenho tamanho (50-60 cm. de altura) e uns 12Kg. de peso, caminhava e nao sabia correr, incapaz de pular, esse pequenho animal parece que conheceu a chegada dos primeiros homens à ilha; existe a hipótese que foi o homem a causa da su extinçao, pode que seja também a vinda de outros animais o que propiciou a sua desapariçao, só os estudos dos fósseis, que se acham sobretudo nas covas, poderá explicar o que passou com esse animalzinho.

É muito importante o conhecimento do sistema ecológico duma ilha pequena, pode que seja o nosso futuro, ou que sejamos um fóssil mais como o Myotragus.

miércoles, 6 de agosto de 2008

A ILHA DA COZINHA

Como saben em todas as ilhas o mais importante é a comida e assim passa na pequena ilha onde vivo.

A comida, para mim, mais boa e também a mais fácil de fazer é o "PA AMB OLI", que nao é outra coisa que pao com azeite, óleo de oliva, por supôsto, pois por algo é uma ilha do Mediterráneo.
Aí vai a receita: Você precisa de pao, que seja bom, tomate, que tenha suco, óleo de olivo e um pouco de sal.
Primeiro corte o pao em fatias ou ao largo, o molha com tomate esfregando bem, depois se poe o azeite e um pouco de sal.
Esse prato pode levar a companhia de queijo, "jamón serrano", presunto e outros embutidos, azeitonas, alcaparras e também algum envinagrado.
No inverno se pode tostar o pao nas brasas do fogo da lenha, e também, esfregar com alho, para quem goste.
Essa é a comida mais comúm da gente da ilha, e acompanhada com um bom vinho é um momento excelente para compartir com a família ou os amigos. Bom apetite!

lunes, 4 de agosto de 2008

Uma pequena ilha no Mediterraneo

Visc a una petita illa a la Mediterrànea. Té moltes coses de màgica, des de la seva cultura, la seva història , la seva bellesa i la seva llengua; la qual ara us estic parlant. Però també ho puc fer en la llengua castellana i com no en la portuguesa. Així que aquest blog vol ser un petit racó on poder parlar de literatura, història, cuina o poesia. Parlar o tal volta callar, o pensar en veu alta.
Aquestes petites illes són l'arxipèlag que voldria compartir amb qui vulgui perdre una estona amb mi.

Ontem, pela noite, estava olhando as estrelas e pensando no conceito da palavra ilha e me veio ao pensamento que o nosso mundo era também uma ilha no meio do espaço, que era a sua vez o inmenso mar. E pensei que estávamos bem sós aí no meio de nada e longe de tudo e que a humanidade era um grande náufrago sem nenhum barco a avistar e nessa sensaçao de grande solidao e vazio, sentí a cabecinha do meu gato esfregando as pernas. ele me trousse de novo a realidade. Eu tinha de fazer o jantar.

viernes, 1 de agosto de 2008

Primero Post



Talayot de Mallorca